MEC confirma adiamento do ENEM

Quinta, 9 de julho de 2020

Atentos às demandas da sociedade e às manifestações do Poder Legislativo em função do impacto da pandemia do coronavírus no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) decidiram pelo adiamento da aplicação do exame nas versões impressa e digital. As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). As novas datas foram divulgadas pelo secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Antonio Paulo Vogel, e o presidente do Inep, Alexandre Lopes, nesta quarta-feira, 8 de julho, em entrevista coletiva na sede do MEC, em Brasília, e por videoconferência.

Antonio Paulo Vogel afirmou que as novas datas do Enem 2020 foram definidas após vários diálogos com as secretarias estaduais de Educação e entidades representativas das instituições de ensino superior públicas e privadas. “Diante do cenário atual, buscamos uma solução técnica e encontramos uma data que melhor se adeque para a maioria dos participantes do Enem”, explicou Vogel.

Alexandre Lopes lembrou que mais da metade dos inscritos que responderam à enquete disponibilizada na última semana de junho, na Página do Participante, preferiu os meses de dezembro e janeiro. “A gente também está atendendo à necessidade desses alunos que votaram. Como dissemos desde o início, a enquete não seria o único parâmetro para a definição da data. Também ouvimos os secretários de Educação e demais representantes das entidades educacionais”, afirmou Lopes.

O presidente do Inep também destacou que o instituto está preparado para aplicar o exame em janeiro e que busca, junto ao Ministério da Economia, um aporte adicional de R$ 70 milhões para adequações de segurança contra o coronavírus. “Vamos tomar todas as medidas de segurança do ponto de vista sanitário para a aplicação da prova. Para isso, teremos de alugar novas salas e disponibilizar equipamentos de segurança, como máscaras e álcool em gel, o que gera um custo além do que foi planejado inicialmente. Porém, já estamos em contato com o Ministério da Economia e isso não será um problema para a realização da prova”, tranquilizou.